Raízes, passarinhos, sementes e eu

Conversávamos ontem eu e uma amiga a respeito da minha vontade de não criar raízes que possam me manter vivendo para sempre em um único lugar. Hoje a amiga deixou-me o seguinte recado em minha página orkuteana:

"Pesquisando o filme Easy Rider, acabei neste interessante texto: veja o q achas...
os termos vagabundo e vagabundagem, neste texto, assumem até uma aura de nobreza, o que parece controverso para os padrões da sociedade, que geralmente percebe o homem em movimento como um agente perigoso pq foge do olhar atento dos meios de controle do cidadão. Segundo, M. Maffesoli, o nômade representa perigo, pois sempre traz junto de si algo de novo que pode significar riscos para o equilíbrio de determinada comunidade ou uma ameaça para o indivíduo que não vive ou não tem prazer na errância, e sim, na prática do sedentarismo. É característica das sociedades modernas “aprisionar” as pessoas, fixá-las em um certo local, seja através de uma moradia, do local de trabalho sujeitando-se à ditadura do relógio, ainda através das relações familiares e dos círculos de amizade. A própria sociedade industrial levou o homem a ter que se adequar a este modo de vida, onde tudo deve estar em seu devido lugar."

Pois é... é mais ou menos assim: quero ser um passarinho que leva uma sementinha daqui para ali; dali para lá; de lá para acolá... e por aí vai.
Pensando direitinho, passarinhos são bichinhos muito "perigosos". Um ambiente nunca permanecerá o mesmo com eles por perto, com suas muitas idas, sempre levando novidades.
Será por isso que alguns são presos em gaiolas? Pessoa que prende passarinhos deve ter a alma anti-revolucionária! Que triste.