
A história da humanidade não se fez bela. Talvez você nunca tenha parado para refletir a questão. O homem mata, o homem odeia, o homem oprime. O homem envenena, destrói, humilha. Esse é um perfil sombrio e muito triste do que somos, do que fomos e do que, ao que tudo indica, continuaremos a ser por mais quanto tempo?
Para mudar o mundo é preciso mudar o homem. Esta é tarefa das mais difíceis, já que nós somos “o homem”. E quão difícil é admitir que fazemos parte, de uma forma ou de outra, da destruição de nós mesmos.
A fome que assola a África ou o interior de nosso país, se você se fizer a pergunta, não creio que se sentirá tão à vontade para responder que nada tem a ver com isso. Fazemos parte do coletivo. Talvez não possamos fazer nada pelos “miseráveis”, é verdade. Isso se pensarmos de forma individualizada. Se pensarmos como “nós”, assumimos uma responsabilidade e entendimentos maiores, compreendendo que o futuro depende da união entre os homens, de um mínimo de harmonização e respeito que deveria ser incondicionado.
Dentre todas as profissões existentes, há apenas uma que entendo ser capaz de penetrar a família, a sociedade civil, as instituições governamentais ou grupos religiosos e inserir valores. Não me refiro aqui aos valores morais, tidos como padrões de comportamento de uma determinada sociedade, mas aos valores éticos. Aqueles que nos fazem acreditar que o melhor a fazer ao outro – seja lá quem for - é aquilo que gostaríamos de fato que nos fizessem. Este profissional é o professor, o único capaz, porque tem a oportunidade de atingir os diversos segmentos da sociedade direta ou indiretamente, e alcançar a diversidade humana como ninguém.
É uma responsabilidade grande demais. Entretanto, para quem ama a Educação não há limites. Os sonhos são sempre possíveis. A vontade não tem fim.
Acredito que o professor, ao se despir de valores que se chocam com o que o outro pensa, sente e expressa - valores estes que lhe foram inseridos através dos mais diversos grupos sociais aos quais faz ou fez parte, no momento em que está em contato com seus alunos tem a chance única e concreta de orientar alguns homens para o Bem. Para tanto, é preciso que abandone suas "certezas" e abra o seu coração: Educação é ato de amor!